sábado, 3 de maio de 2008

Machado merece um tempinho do meu feriado

Eu tinha prometido não postar nesse feriado, mas encontrei essas informações sobre Machado de Assis e não resisti. Foram retiradas do blog Mente Aberta, da Revista Época.
Afinal, Machado de Assis merece qualquer esforço.
30 anedotas de MachadoMachado de Assis (1839 - 1908),
O maior escritor que o Brasil já conheceu, é cheio de mistérios. Eles continuam estimulando os críticos, que tentam entender seu estilo único e captar suas ironias. Machado ainda tinha uma vida pessoal reservada, deixando biógrafos atordoados. Esta lista de ÉPOCA foi baseada no Almanaque Machado de Assis (Record, 320 págs., R$50), de Luiz Antonio Aguiar, que reuniu os fatos mais curiosos que já foram descobertos - ou talvez inventados - sobre o escritor.
1. Machado de Assis dividia com José de Alencar o posto de romancista mais popular do Brasil. Ele vendia 2 mil exemplares por edição no Rio de Janeiro, quando a cidade tinha 300 mil habitantes. É a média de venda de um escritor atual - e no Brasil inteiro, que conta uma população de 184 milhões.
2. Ele sofria de epilepsia, era gago, e tinha uma infecção crônica nos olhos.
3. A prosa de Machado de Assis é dividida pelos críticos em duas fases: uma é marcada pelo Romantismo e dura até a publicação de Memórias Póstumas de Brás Cubas. O romance, narrado por um “defunto autor”, marca o estilo irônico e único que o consagraria.
4. Seu romance mais traduzido no exterior é justamente Memórias Póstumas de Brás Cubas. Em inglês, o título virou Epitaph for a Small Winner (epitáfio para um vencedor medíocre) e, em dinamarquês, En Vranten Herres Betragtninger (considerações de um rabugento).
5. Carolina Augusta Xavier de Novais, uma portuguesa que chegou ao Brasil em 1866, foi o grande amor de Machado. Segundo biógrafos, ela seria uma grande conhecedora de literatura. Alguns até dizem que ela ajudava o marido na revisão da gramática dos originais.
6. Rei absoluto dos vestibulares, Machado provavelmente nunca foi à escola. Foi alfabetizado pela mãe e pelos livros. Aos 20 anos, lia em francês.
7. Quando tinha 18 anos, o escritor trabalhou como tipógrafo, mas às vezes largava a prensa para ler um livro escondido. Conta-se que ele foi denunciado ao diretor da Tipografia Nacional, Manuel Antônio de Almeida (autor de Memórias de um Sargento de Milícias). Mas o escritor teria simpatizado com o leitor compulsivo. E não só o impediria de ser demitido como lhe daria um aumento.
8. O educador Lourenço Filho (1897 - 1970) fez um levantamento de todo o vocabulário usado em Dom Casmurro. Concluiu que, com menos de 2 mil palavras diferentes, Machado escreveu uma obra-prima sobre uma relação amorosa. Só não contou se Capitu traiu ou não Bentinho.
9. O xadrez era uma das paixões de Machado. Ele provavelmente foi iniciado no jogo pelo pianista português Artur Napoleão e freqüentava clubes para praticar. No conto “Antes que Cases”, Machado escreveu: “a vida não é um jogo de xadrez”.
10. Às vezes, Machado usava pseudônimos para assinar seus textos. Alguns deles: Gil, João das Regras, Job, Platão... Em 1878, quando escreveu um artigo criticando os excessos naturalistas de O Primo Basílio, de Eça de Queirós, assinou como Eleazar. Mas o escritor português recebeu o recorte da crítica com o nome verdadeiro do autor. E, ofendido, respondeu.
11. Machado leu profundamente a obra do filósofo Schopenhauer, quando ele nem estava na moda.
12. Seu primeiro livro, Crisálidas, de poemas tipicamente românticos, não teve grande repercussão.
13. Machado morou durante 24 anos em um sobrado na Rua Cosme Velho, nas Laranjeiras, que hoje faz parte da zona sul do Rio. Apesar dos protestos da Academia Brasileira de Letras, a casa foi demolida e deu lugar a um prédio. O condomínio ostenta uma placa: “aqui morou Machado de Assis”.
14. Quem merece o apelido de “bruxo” não é Paulo Coelho, é Machado de Assis. Ele era chamado de “o bruxo do Cosme Velho”, já que não lhe faltavam magias e artifícios literários. Em 195, Carlos Drummond de Andrade publicou, no livro A vida passada a limpo, o poema “A um bruxo com amor”, um elogio a Machado.
15. A família de Carolina inicialmente não aprovou sua união com Machado, que duraria 37 anos. Segundo os biógrafos, o casal era apaixonadíssimo e teve um relacionamento pacato e harmonioso.
16. Antes de Carolina, Machado teve outras namoradas. Uma delas foi a cantora lírica italiana Augusta Candiani, 18 anos mais velha que o escritor.
17. Um jornal fofocou sobre uma suposta relação extraconjugal de Machado com uma atriz portuguesa, quando ele já estava com Carolina. A mulher, naturalmente, ficou magoadíssima.
18. Carolina morreu ao 69 anos, de um tumor no intestino. A morte da companheira levou Machado a escrever ao amigo Joaquim Nabuco: “Soube por algumas amigas dela de uma confidência que ela lhes fazia; dizia-lhes que preferia ver-me morrer primeiro a saber a falta maior que ela me faria. A realidade foi talvez maior que ela cuidava; a falta é enorme. Tudo isso me abafa e entristece. Acabei.”
19. Após a morte de Carolina, as crises de epilepsia de Machado pioraram. Ele ficou abalado durante muito tempo.
20. O narrador de Dom Casmurro, Bentinho, desconfia de que sua mulher, Capitu, o traiu. Os leitores e críticos tendiam a considerá-la culpada. Essa interpretação prevaleceu até 1959, quando a americana Helen Caldwell, estudiosa de Machado, publicou um artigo no qual afirmava que era impossível determinar a culpa ou a inocência de Capitu.
21. O estudo de Helen Caldwell, “The Brazilian Othello of Machado de Assis”, provocou rebuliço na crítica brasileira. Mesmo assim, só foi traduzido por aqui mais de 40 anos depois, com o título “O Otelo Brasileiro de Machado de Assis”, de 2002. Ele compara o romance de Machado à tragédia Otelo, de Shakespeare, em que o rei, que dá título à peça, mata a mulher Desdêmona por acreditar que ela é infiel.
22. Já foi dito que Machado adorava cachorros, e recolhia vira-latas abandonados na rua.
23. Os dois últimos romances, Esaú e Jacó e Memorial de Aires, formam um par. São, para alguns críticos, suas obras mais complexas.
24. Machado de Assis ficou um tanto inseguro quando lançou Memorial de Aires. A crítica não se manifestou logo de cara. Mas depois elogiou.
25. Os narradores de vários dos romances e contos de Machado de Assis fogem completamente do tradicional. Contando a história em primeira ou em terceira pessoa, muitos agem como atores, que ora põem uma máscara, ora põem outra. O leitor se pergunta: será que esse narrador é confiável?
26. Quando estava à beira da morte, uma amiga de Machado perguntou-lhe se queria se confessar a um padre. Ele respondeu: “Não creio. Seria uma hipocrisia”.
27. Todas as citações bíblicas que Machado fez em seus textos foram irônicas. No conto “O enfermeiro”, ele escreveu: “Bem-aventurados os que possuem, pois eles serão consolados”.
28. Nos cursinho pré-vestibulares, Machado de Assis é apresentado como um autor do Realismo, tendo uma primeira fase mais ligada ao Romantismo. Na verdade, é impossível enquadrar sua obra em qualquer escola literária. E é por isso que ele é genial.
29. A cara de Machado estampou uma cédula de mil cruzados, lançada em 1987.
30. Jean-Michel Massa, tradutor de Machado para a língua francesa, publicou a coletânea Dispersos de Machado de Assis, com textos que o autor nunca quis publicar em livro. Entre os escritos, há Magdalena, um folhetim de gosto duvidoso.

sexta-feira, 2 de maio de 2008

Nada melhor do que não fazer nada

Quero aproveitar esse feriado para não fazer absolutamente nada.
Nem postar...
Então... até segunda!!!!
Beijos!!!!

quarta-feira, 30 de abril de 2008

Uma explosão de sentimentos

Infelizmente tive de quebrar a promessa e não atualizei ontem. As pautas não deixaram. Passei a tarde e uma parte da noite para colocá-las em dia.
Enfim... mais um feriadão, um dos últimos. Esse ano muitos feriados serão no fim de semana.
Então a hora é de aproveitar da melhor forma. Eu vou usar grande parte do tempo para colocar o TCC em ordem. Minha vida atualmente gira em torno disso. Durmo e acordo pensando nele, espero que o resultado seja compensador.
Todo mundo diz que eu falo demais, porém algumas coisas me fazem ficar sem palavras, seja pela timidez ou pela circunstância ridícula. Por exemplo, não gosto mesmo de falar da minha vida pessoal, sou tímida demais para isso.
Agora outra coisa que me faz emudecer é ter de mudar os planos de aula no último segundo, porque o data-show não poderá ser usado, ou porque a sala será ocupada por outras pessoas.

Nesses momentos é melhor calar ou vou querer que "alguém se exploda".Ops??? se exploda??? Está certo isso??? Vejam a dica do dia:

Posso dizer que expludo de alegria quando me escreves? Não, pois a forma expludo não existe. Também não existe exploda, como se ouve muito: Quero que ela exploda...Então, o que sinto, quando me escreves, é uma explosão de alegria!

É isso aí obrigada a todos os frequentadores.
Em especial a você Anderson. Comente essa dica lá na sala e peça para virem buscar a resposta aqui no blog. hahaha

segunda-feira, 28 de abril de 2008

Não estou com vontade de escrever hoje, mas promessa é promessa.
Depois de me empanturrar de sorvete ( não sabem o alívio que tenho em dizer essa palavra sem a consciência pesada), resolvi limpar a casa. Só acabei na hora do cafézinho. Nada como um pão com muçarela, ops!!! não seria mussarela? Vejam a dica de hoje:


Mussarela, muçarela, musarela, mozzarella...enfim, como se escreve?


Um dos queijos mais consumidos e apreciados no Brasil, este queijo de origem italiana ( originário das províncias de Salermo e Castela ) tem gerado muita polêmica e confusão no tocante à sua correta grafia.
A forma original em italiano é "mozzarella" sendo que este queijo foi introduzido no Brasil com a chegada dos primeiros imigrantes italianos. Até 1860, não eram numerosos. De 1860 a 1890, primeiro ano republicano, desembarcaram 974 mil italianos no Brasil.
A Academia Brasileira de Letras informa que as formas registradas oficialmente são: muçarela ou mozarela, sendo outras formas de se escrever este vocábulo estão erradas.
Fato é que a forma "mussarela" é a grafia com maior identificação popular, é inclusive a forma que se encontra em grande parte dos rótulos encontrados no mercado. Mas é totalmente reprovada pela norma culta.


Hoje é dia de faculdade e, sinceramente não vejo a hora de acabar, fico estressada nos dias que tenho que ir. Aliás estou aqui agora, cheguei a aula e tinha de fazer uma redação, gastei menos de meia hora para concluir. Fui a última a chegar e aprimeira a sair, então me sobrou mais de meia hora. Não tem coisa mais chata do que ter de esperar para assistir uma aula tão agradável quanto a que vou ter agora. Aliás, preciso ir...
Até amanhã!!!!

domingo, 27 de abril de 2008

Mais uma dica

Nossa, quanto tempo sem atualizar...
Sou mesmo desligada para isso, às vezes eu vejo necessidade de escrever aqui toda hora e outras vezes não tenho a mínima vontade de escrever.
Mas agora, depois de tanto tempo tenho muita coisa a escrever e a dizer, mas vou tentar falar uma coisa a cada dia dessa semana:
Para hoje é só um relato de uma situação:

Todo mundo sabe que eu sempre uso exemplos da minha família para rechear as minhas aulas. Pois outro dia ouvi uma frase que muito me chamou atenção: " Tem gente que come até se empaturrar e depois passa mal." Logo, logo eu pensei: "Empaturrar? Não seria empanturrar?" Como essa frase partiu de alguém muito mais inteligente que eu, nem respondi nada. Hoje precisei usar essa palavra e tive até medo da pronúncia. Por isso, para evitar uma gafe de uma professora de português fui pesquisar a forma correta. O resultado resolvi compartilhá-lo com vocês:


Dica da July:

EMPATURRAR E EMPANTURRAR é um dos expemplos de FORMAS VARIANTES que, para quem não sabe, são formas duplas ou múltiplas, equivalentes. Não ferirá a língua culta aquele que usar uma ou outra. No entanto, o bom senso recomenda a estrutura mais corrente, evitando, dessa forma, que “os menos avisados” achem que uma gafe esteja sendo cometida. Conheçam outras delas:
abdome e abdômen / assobiar e assoviar/ assoprar e soprar /catorze e quatorze/catucar e cutucar/chipanzé e chimpanzé/parêntese e parêntesis/ percentagem e porcentagem. E muitos outros.

Ufa!!!! Confesso que achar essa resposta foi um alívio para mim. Acho que a essa altura do campeonato não conseguiria mudar o modo de falar essa palavra.

Por hoje é só e, se me der vontade, amanhã tem mais!!!!!